Mais uma vez, em grande !!

O Rui Mota principal responsável por estes encontros voltou a brilhar e está de parabéns. É o quinto ano que levamos a efeito esta realização que tem como especial objectivo a divulgação desta raça no norte do nosso país, proporcionando aos já proprietários a sua participação em jornadas desportivas e aos que ainda não o são a possibilidade de observarem as suas potencialidades e qualidades tendo em vista a sua utilização futura. É a única raça nacional de cães de parar, com séculos de existência comprovada. Considerado por muitos que teve como solar o norte do país, torna-se imprescindível dar continuidade a estes encontros.

A resposta a esta actividade foi surpreendente não só pelo número de exemplares inscritos em todas as actividades propostas mas também pelo interesse revelado por muitos interessados que vieram observar e inteirar-se da situação actual da raça. Levámos a efeito Provas de St. Huberto, Teste de Aptidões Naturais ( T.A.N. ), Concurso, Prova de Juniores e Prova de Classe Aberta. Todas estas provas foram julgadas pelos juízes: Marques Pereira, Luís Fonseca, Joaquim Vitorino, Paulo Machado, Sérgio Afonso e António Aguilar. O nosso muito obrigado a todos pela sua colaboração.

A Serra d’Arga, em todo o seu esplendor, só agredido pelos geradores eólicos, (mas antes isso do que outras soluções muito piores) ofereceu-nos, como pano de fundo, um cenário deslumbrante, com terrenos excelentes para o desenvolvimento de todas as actividades. Temos sido críticos implacáveis sobre o modo como têm sido organizadas a maioria das Provas de St. Huberto no nosso país. Tivemos a preocupação de, nesta modalidade constituirmos duas séries. Uma onde incluímos os concorrentes mais experientes e outra onde incluímos os estreantes e os menos habituais. Participaram 15 concorrentes nas duas séries. Os terrenos possuíam as características necessárias para praticar a caça de salto com cão de parar. Tinham as dimensões necessárias para que todos os concorrentes estivessem em igualdade de circunstâncias, do primeiro ao último, de modo que nenhum, nem nenhum cão, pisasse terrenos já pisados por outros.

Desde os colocadores de perdizes até aos juízes foram todos incansáveis, não se poupando a esforços para andar, andar sempre, subir e descer de modo que a prova tivesse verdade, dignidade e respeito pelos concorrentes, como gostaríamos de ver em muitas das que se realizam por aí, o que infelizmente não acontece. O TAN embora a poucos dias da realização da monográfica, onde tem sempre de acontecer, foi incluído no programa a fim de proporcionar a participação de exemplares do norte, por vezes com dificuldades em se deslocar a grandes distancias. Foram óptimos os resultados deste teste. Os restantes resultados podem ser consultados nas tabelas abaixo. Após o jantar de sábado, dia 16, sem que ninguém arredasse pé, e estavam presentes entre três a quatro dezenas de pessoas, levámos a efeito uma tertúlia, com grande participação de muitos dos presentes, sobre quase todos os aspectos inerentes à raça, desde a socialização, educação, ensino e treino até à análise da falta de atenção com que se interpreta os diferentes estalões de trabalho das diversas raças. Para se avaliar da oportunidade e interesse desta actividade anotemos que as intervenções foram muito variadas tendo a sessão terminado eram quase duas horas da madrugada.

Pelo apoio prestado os nossos agradecimentos à Associação de Caçadores da Serra d’Arga à Câmara Municipal de Ponte de Lima e à Área Protegida das Lagoas. Em termos de avaliação este V Encontro foi de grande interesse pois atingiu todos os objectivos propostos, contribui para a divulgação da raça, por isso, tem nota de EXCELENTE. Mais uma vez parabéns ao Rui Mota, toda a restante família, que muito ajudou, e restantes colaboradores.