Esta foi mais uma festa anual do perdigueiro português. Como de costume desenvolveu-se em duas actividades distintas, a avaliação morfológica e as provas funcionais
Quanto à primeira é preciso começar por dizer que os juízes que procederam à avaliação dos exemplares foram convidados pela direcção da APP, como acontece todos os anos, pelo que são da sua completa confiança, tendo desempenhado a sua função de um modo exemplar.
O número de exemplares inscritos 37 continua a ser revelador do interesse crescente pela raça. O local desta exposição, Pavilhão de Caça do Arneiro Pereiro na Companhia das Lezírias ofereceu excelentes condições para esta realização. Os nossos especiais agradecimentos aos juízes Tavares Passadinhas e Paulo Machado. No que respeita às provas de trabalho é preciso começar por dizer que, infelizmente, as nossas suspeitas, concretizaram-se. Sabíamos que realizar provas de trabalho nesta época do ano poder-nos-ia trazer sérias dificuldades. Arriscámos, mas mesmo assim escolhemos o final do mês de Maio na tentativa de minimizar as contrariedades.
Tal não aconteceu, só há uma conclusão a tirar COM A NATUREZA NUNCA SE DEVE BRINCAR. Todos podemos constatar a dificuldade que a maioria dos cães tiveram em encontrar as perdizes, muitos deles com provas mais do que dadas, desde sempre, quanto ás suas capacidades. É que nesta época do ano, época de reprodução, a natureza tem processos de proteger a conservação das espécies. A floração e consequente polinização destroem quase por completo o poder olfactivo dos cães para além da capacidade que as perdizes têm de reter os odores e assim dificultar a propagação das emanações.
Vamos ter que repensar a melhor altura para levar a efeito a monográfica ainda que tenhamos de correr o risco de apanhar umas “molhas”. De qualquer modo foi mais um êxito esta monográfica não só pelo número de cães inscritos nas diferentes modalidades mas também pela excelente “imagem” que, apesar de tudo, conseguimos transmitir ao nosso convidado especial, o juiz espanhol D. António Fernandez, Presidente da Comissão de Cães de Parar Continentais da F.C.I., cuja presença muito dignificou esta realização.
Como tem acontecido ultimamente a Companhia das Lezírias, mais uma vez, possibilitou uma organização excelente à APP pondo à nossa disposição algumas das suas instalações onde levámos a efeito os almoços de sábado e domingo. Estamos certos, por tudo o que presenciámos, que estamos no bom caminho. Continuamos a preservar, divulgar e fazer evoluir, adequadamente, a raça PERDIGUEIRO PORTUGUÊS. Mais uma vez o nosso muito obrigado à Companhia das Lezírias e a todos os senhores juízes que connosco colaboraram: António Fernandez (Esp.) Vladimir de Castro (Fr.) Manuel Brás Marques Pereira Joaquim Rosa Joaquim Vitorino João Lisa Paulo Machado Luís Fonseca.